Em um novo capítulo da novela que se arrasta há quase um mês, os lojistas do Shopping Popular decidiram desocupar do Complexo Dom Aquino e passaram a vender seus produtos no estacionamento do antigo prédio que pegou fogo em 15 de julho. A saída do ginásio ocorre após uma recomendação do Ministério Público do Estado (MPE).
O anúncio foi realizado no último sábado (10), pelo presidente da Associação do Shopping Popular, Misael Galvão, em vídeo divulgado nas redes sociais. Segundo o representante dos comerciantes, é no estacionamento que eles irão "ressurgir das cinzas".
"Já definimos onde vamos ressurgir das cinzas: no estacionamento do Shopping Popular. Já informei ao presidente da Assembleia, à prefeitura Municipal de Cuiabá, governo do Estado e agora estou passando essa notícia a toda sociedade cuiabana", diz Misael no vídeo.
Apesar da decisão, os lojistas continuarão em um espaço improvisado pois ainda não há previsão de quando o novo prédio será construído. Primeiro eles ficaram na rua ao lado do shopping incendiado, depois foram para o ginásio e agora passam para o estacionamento. Não foi informado como ficará a questão do estacionamento para os clientes, já que na região não há estrutura para que os carros sejam parados.
"Quem vem comprar no nosso local provisório sabe o quanto é difícil todo dia remontar tendas, não temos segurança e qualidade de vida. Mas, estamos firmes e forte", reconheceu Galvão no vídeo.
A recomendação da 17ª Promotoria de Justiça Cível do MPE foi para a saída dos comerciantes do ginásio porque "como se trata de bem de uso comum do povo, a ocupação privada, ainda que temporária, não atende aos fins e interesse da coletividade".
O incêndio
Na madrugada de 15 de julho os comerciantes foram acordados com a notícia de que o Shopping Popular estava pegando fogo. Em menos de 30 minutos toda a estrutura foi destruída. Os comerciantes estavam naquele prédio desde 2015. Lá estavam instaladas cerca de 600 bancas dos mais diversos produtos. Depois da tragédia, várias ações foram anunciadas, mas ainda não há previsão de quando o prédio será reconstruído.