Domingo, 6 de outubro de 2024
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ELEIÇÕES

Datena passa dia em hospital e diz que não desistirá de candidatura

Depois de cancelar agendas e passar o dia no Hospital Sírio-Libanês, onde realizou exames, Datena diz que terá de fazer um cateterismo

Foto: Band/Reprodução

Datena passa dia em hospital e diz que não desistirá de candidatura
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, deixou o Hospital Sírio-Libanês nesta terça-feira (3/9) depois de cancelar a agenda de campanha e passar por exames generalizados.

O apresentador da TV Bandeirantes disse que se sentiu mal na segunda (2/9), resolveu passar por uma consulta por precaução e descobriu que terá de fazer um cateterismo, seguido da implantação de um sétimo stent cardíaco. Ainda assim, declarou que não desistirá da candidatura.

“Tenho problema de saúde desde 20 anos atrás, quando retirei um tumor no pâncreas. Isso me causou um diabete gravíssimo. Esse diabete foi minando as minhas coronárias, meu coração. Tenho seis stents”, disse Datena ao deixar o local.


“Se não fossem esses procedimentos que a gente espera que um dia povo brasileiro tenha, saúde igual para todo mundo, eu não estaria aqui para disputar uma eleição. Estou com mais vontade do que nunca. Não tenham dúvida de que isso me enche de vontade de participar de uma eleição, mesmo tendo pequenos problemas.”

Segundo o candidato do PSDB, os exames e os problemas de saúde não prejudicam sua campanha. “‘Ah, prejudica o seu rendimento?’ Prejudica se eu tiver um infarto e morrer. Nunca vi ninguém ser eleito estando morto”, disse. “Estou com saúde suficiente para disputar a eleição. Foi uma intercorrência um pouco mais séria, mas, aparentemente, está resolvida”, disse.

O apresentador afirmou que um dos exames teve uma alteração em uma enzima que marca a saúde do coração. “Veio alterado, mas depois, na reprova, o marcador apontou nível bom. Mas, mais para frente, vou ter que fazer o sétimo cateterismo e botar o sétimo stent”, disse. “Tô virando o Robocop, porque o que tem de pecinha no meu coração… Mas isso é mais para frente, depois da eleição”, disse, citando que fez todo tipo de exame.

Datena disse que não sabia que o ritmo de uma campanha era tão pesado e que, pelos problemas que tem, decidiu antecipar seus exames de rotina. “Tento fazer o máximo possível. Já faço isso na televisão. Trabalho três horas e meia em pé por dia, mais duas horas e meia quando trabalhava na rádio. Para mim, pensava que era mais fácil. Mas é extenuante, estressante e você tem que consertar, dirigir o rumo.”

O candidato do PSDB disse que teve “alguns probleminhas” na tarde dessa segunda e não se sentiu muito bem. “Fico muito triste quando vejo em redes sociais pessoas torcendo para que outros morram. Olhem o nível ao qual chegamos, ‘tomara que fulano morra, tomara que sicrano tenha um ataque cardíaco’. Isso é bestial, mas Umberto Eco já dizia que se tinha 6 bilhões naquela época, quantos idiotas tem a rede social? [Mas] Tem gente bacana, gente legal, que contribui para a sociedade”, disse.

Datena afirmou também que dentro do PSDB há grandes exemplos de políticos que superaram doenças, como Bruno Covas e o avô Mario Covas. “Bruno foi um herói quando, com uma doença grave, conseguiu vencer uma eleição. ‘Ah, Datena, você está citando o Bruno para ser eleito prefeito de São Paulo?’ Não. Estou citando o Bruno porque sou fã dele, sou fã do Mario Covas”, disse.


“Eu vou ser prefeito se o povo quiser me eleger. Não vou, de forma alguma, lutar desesperadamente para ser prefeito de São Paulo e nem de lugar nenhum. Acho que as pessoas têm que ser eleitas. Se o povo me escolher, tudo bem. Se o povo não me escolher, pelo menos tentar, eu tentei. Dessa vez, eu tentei. Das outras vezes, eu não tentei e me arrependo”, disse.

Datena também citou Winston Churchill ao dizer que é possível se recuperar do fracasso, mas não da desistência. “Claro que não vou desistir da campanha. Vou deixar essas pessoas do mal, realmente, muito chateadas, mas eu vou fazer com que elas fiquem mais chateadas ainda, porque prometo combater os criminosos que se aproximam da política. Bandidos do PCC, que, segundo levantamento da polícia de São Paulo, chegam próximos da política cada vez mais”, afirmou.

O candidato disse que já viveu boa parte da vida e que não tem medo de morrer. “Já passei por várias cirurgias, problemas difíceis, por isso quero enfrentar esses caras de peito aberto.”
 
 

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