O Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que em Mato Grosso mais de 4 mil pessoas vivem em moradias improvisadas como tendas, dentro de prédios abandonados ou veículos parados. Desses, 350 são crianças de até 4 anos.
Esse número é mais alto do que o de estados como Tocantins (1,5 mil), Piauí (1,7 mil), Paraíba (3,2 mil), Santa Catarina (3,1 mil), Mato Grosso do Sul (3,2 mil) e Distrito Federal (3 mil). No Brasil, 160,4 mil pessoas vivem nessa situação de moradia.
Dos registros em Mato Grosso, quase metade deles, 44,6%, são pessoas que moram em tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido. Em 312 casos é usado um abrigo improvisado, 124 moram em prédios abandonados e 73, ou 1,8%, moram totalmente na rua, se abrigando sob marquises e portas de estabelecimentos comerciais.
De acordo com a divulgação do IBGE, o Censo é uma pesquisa domiciliar, por isso não mensura toda a população de rua, mesmo que apareçam pessoas que se abrigam nas ruas. Mesmo os que vivem em barracas, existem outras situações, como ocupações em disputa de terras.
Das pessoas em moradias improvisadas no estado, 2,2 mil são homens, o que representa 56,4% do total. A faixa com o maior número de registros é de 30 a 39 anos. O Censo mostrou ainda que 38 idosos com mais de 80 anos vivem nessa situação precária.
A divulgação mostrou que 160,4 mil pessoas do país moram em domicílios particulares improvisados, podendo ser tendas, edificações que não tenham dependências destinadas exclusivamente à moradia, estruturas comerciais ou industriais degradadas ou inacabadas, calçada, praças, viadutos, abrigos naturais, assim como estruturas móveis como veículos.