Há quase quatro meses os cuiabanos não veem chuva na cidade. O resultado são dias de tempo seco e baixa umidade do ar, o que aumenta a concentração de poluição. Segundo o Monitor da Qualidade do Ar, a capital mato-grossense foi classificada como insalubre nesta quinta-feira (12), situação que pode se agravar ainda mais nos próximos dias.
O índice avalia as cidades com notas de 0 a 500. Quanto maior o número, pior a qualidade do ar naquela região. Nesta quinta-feira Cuiabá teve nota 161, considerada insalubre. Nessas condições "algumas pessoas do público geral podem sofrer efeitos na saúde; membros de grupos sensíveis podem sofrer efeitos mais sérios na saúde", diz trecho do índice divulgado pelo site Folha de SP.
Para o cálculo são usados os dados da empresa suíça IQAir, que analisa dados de órgãos públicos, informações de satélites e sensores colaborativos dos aparelhos vendidos pela própria empresa para mensurar a qualidade de ar. No Brasil é acompanhada a situação das 26 capitais e do Distrito Federal.
A falta de chuva tem afetado os moradores de Cuiabá, que enfrentam os impactos do clima seco e da poluição, potencializada especialmente por causa das queimadas. Na comparação entre as capitais, ela é a 4ª há mais tempo sem chuva, atrás apenas de Belo Horizonte (144 dias sem chuva), Brasília (140 dias) e Goiânia (138 dias.
Além da baixa umidade relativa do ar, menor do que a encontrada no Deserto do Saara, a Capital ainda está sob alerta vermelho por causa da nova onda de calor, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A situação é mais delicada até esta sexta-feira (13).