BETS
'Não tem que regulamentar, tem que acabar', critica senadora sobre legalização das bets
À imprensa a parlamentar afirmou que tentou impedir a legalização, mas foi voto vencido.
THALYTA AMARAL
28/09/2024 - 10:55
Foto: Reprodução
Com funcionamento legalizado a partir de janeiro de 2025, os sites de jogos on-line e apostas esportivas, mais conhecidos como bets, continuam causando discórdia na classe política. Senadora por Mato Grosso, Margareth Buzetti (PSD) não esconde suas críticas à modalidade. "Não tem que regulamentar, tem que acabar com isso".
À imprensa a parlamentar afirmou que tentou impedir a legalização, mas foi voto vencido. "Eu tentei de todas as formas que não passasse essa lei. No fim, quando vê que já passou, então vota. É péssimo, as bets são péssimas. Não deveria ter passado [o projeto]".
Com a regulamentação, esse tipo de site passa a pagar impostos ao Ministério da Fazenda. Apenas para funcionar são R$ 30 milhões, além de 12% de taxa sobre o lucro. Segundo o Governo Federal já foram recebidos mais de 110 pedidos de licença de plataformas de jogos e apostas para operar legalmente a partir de 1º de janeiro de 2025, o que irá gerar uma arrecadação de R$ 3,4 bilhões apenas com as autorizações.
Apesar de ser contra as bets, a senadora é favorável ao projeto de lei que legaliza os cassinos. "Sou a favor do cassino físico, porque lá a pessoa só joga se tiver dinheiro. On-line não sabe quem está jogando. Tem pessoa gastando Bolsa Família em jogo. Isso é uma vergonha. E o Governo querendo regulamentar".
Sobre os jogos físicos, a proposta tramita no Senado, já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e vai agora para o Plenário. Se o projeto for aprovado, serão autorizados, no máximo, 34 resorts integrados a cassinos nos país. A expectativa é que com a regulamentação sejam gerados mais de 600 mil empregos, além da arrecadação de R$ 22 bilhões somente com as autorizações de funcionamento.