Segunda-feira, 12 de maio de 2025
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EM 5 DIAS

Justiça pede que governo de MT explique possíveis irregularidades em obras no Portão do Inferno

Problemas foram apontados em uma ação movida pelo Ministério Público Federal e Estadual, nesta semana.

Foto: Sinfra-MT/Reprodução

Justiça pede que governo de MT explique possíveis irregularidades em obras no Portão do Inferno
A Justiça pediu, nesta sexta-feira (18), que o governo de Mato Grosso explique, em até cinco dias, sobre possíveis irregularidades nas obras na região do Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, apontadas em uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).

O g1 entrou em contato com o governo do estado, mas não obteve retorno até esta publicação.

O MPF e o MPMT apontaram diversas irregularidades no licenciamento ambiental da obra na ação despachada na última terça-feira (15). Entre elas estão:
  • ausência de motivação para aplicação do licenciamento simplificado;
  • indevida classificação de risco das obras de retaludamento;
  • nulidade da Autorização para Licenciamento Ambiental;
  • ausência de consulta prévia ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) quanto aos eventuais impactos das obras.

Conforme a ação, o objetivo é suspender as obras de retaludamento da encosta do trecho conhecido como "Portão do Inferno", na rodovia MT-251, no interior do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, alegando riscos ambientais e à segurança pública.


Foi solicitado ao estado a implementação integral um sistema de monitoramento ambiental sugerido em um relatório técnico, como medida para mitigar o risco de novos deslizamentos.

O juiz substituto responsável, Diogo Negrisoli Oliveira, optou por não conceder imediatamente a tutela de urgência sem ouvir as partes envolvidas, "em respeito ao princípio do contraditório", e determinou que os envolvidos se manifestem no prazo de cinco dias, antes da análise final da liminar​.

Em caso de descumprimento da solicitação dentro do prazo, foi estipulada uma multa diária de 50 mil reais.
 
 
 
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