Sábado, 9 de novembro de 2024
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CRIME BRUTAL

​Filho de Bezerra alega 'pobreza', mas Justiça mantém pensão para mãe de namorada assassinada

Ele foi condenado a pagar uma pensão para a mãe da ex-namorada que matou, pois a mulher é idosa e dependia da filha

Foto: Reprodução

​Filho de Bezerra alega 'pobreza', mas Justiça mantém pensão para mãe de namorada assassinada
O filho do ex-deputado Carlos Bezerra, Carlos Alberto Gomes Bezerra - mais conhecido como Carlinhos -, alegou à Justiça não ter renda suficiente para pagar a pensão à mãe de Thays Machado, ex-namorada que ele assassinou em janeiro de 2023. No entanto, a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou o recurso e manteve o pagamento de R$ 4,4 mil mensais.

Ele foi condenado a pagar, provisoriamente, uma pensão para a mãe da ex-namorada que matou, pois a mulher é idosa e dependia financeiramente da filha para sobreviver. Ela ainda cobra na Justiça uma indenização por danos morais.

Carlinhos voltou a usar o mesmo argumento de quando estava preso - ele foi solto por problemas de saúde - para se negar a pagar a pensão. No entanto, para a 2ª Câmara não foram apresentadas provas dessa incapacidade financeira, já que ele estar em prisão domiciliar não significa ausência de renda.

Relatora do recurso, a juíza Tatiane Colombo entendeu que não houve nenhum erro não decisão anterior em relação ao benefício para a mãe da vítima. "Dessa forma, como a decisão recorrida foi devidamente fundamentada, conforme estabelece o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, a insatisfação da parte Embargante tem a intenção de rediscutir a matéria, o que não se admite, pois resta expressado o convencimento deste julgador".

Thays foi morta junto com o namorado da época Willian Moreno. Carlinhos era seu ex-companheiro e não aceitava o novo relacionamento. Ele esperou as vítimas saírem da casa da mãe de Thays para atirar e depois fugiu para se esconder na fazenda da família em Campo Verde (131 km ao sul de Cuiabá). 

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), o filho de Carlos Bezerra agiu "de forma cruel e covarde, revelando extrema perversidade, ao agredir a vítima com diversos disparos de armas de fogo, descarregando uma pistola semiautomática em área urbana de intensa movimentação de pessoas, em plena luz do dia, no horário comercial de um dia útil".
 
 
 
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