A atual gestão da Unimed Cuiabá, presidida pelo médico Carlos Bouret, informou por meio de nota que foi a própria cooperativa que denunciou ao Ministério Público Federal (MPF) as ilegalidades cometidas pelos ex-gestores entre 2019 e 2023. Ex-diretores da empresa foram alvos da Operação Bilanz, da Polícia Federal, na quarta-feira (30), que apurou um suposto rombo de R$ 400 milhões.
Foram presos - e liberados horas depois - o ex-presidente da Unimed Cuiabá Rubens Júnior, a ex-diretora administrativa financeira e médica Suzana Aparecida Palma, o ex-CEO Eroaldo de Oliveira, a ex-superintendente administrativa financeira Ana Paula Parizzotto, a contadora Tatiana Bassan e a advogada Jaqueline Larréa.
No comunicado à imprensa a cooperativa informou que apresentou ao MPF "provas robustas das irregularidades cometidas no balanço contábil de 2022". E que a atual gestão sempre adotou uma "postura colaborativa com as autoridades, enviando informações e documentos que foram imprescindíveis para a atuação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal".
Entre as informações levadas ao MPF está o fato de que o relatório contábil mostrava sobra de caixa, quando na verdade faltavam R$ 400 milhões. Esses dados passaram primeiro por uma auditoria privada e depois pela Procuradoria Geral da República (PGR).
"A Unimed Cuiabá reafirma seu compromisso com a ética e a excelência na prestação de serviços de saúde à comunidade mato-grossense, reiterando que o atendimento em nossa rede prestadora permanece integralmente disponível, sem impacto para nossos clientes, cooperados e prestadores de serviços", consta ainda no documento.