As polêmicas em torno da morte do advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro de 2023, não tem prazo para acabar. No novo capítulo dessa história, o executor Antônio Gomes da Silva denunciou ter sofrido ameaças de morte após revelar que irá anunciar os mandantes do assassinato que possuem foro privilegiado. A informação surge após terem sido extraídas informações do celular de Zampieri que mostraram um esquema de venda de sentenças que envolve até integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A denúncia de Antônio foi encaminhada para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, que irá determinar que a Polícia Federal (PF) faça a investigação do caso. Por meio de uma carta disse que ele e a família estão sofrendo ameaças de morte e que o mandante do crime enviou um advogado para oferecer dinheiro para que seus defensores largassem o caso.
Ele relata no texto que o advogado J.R.C.J. agiu a mando de um fazendeiro, para convencer seus defensores a abandoná-lo. No envio à PGR, o documento foi assinado pelos promotores Samuel Frungilo, Jorge Paulo Damante Pereira, Vinicius Gahyva Martins e Marcelle Rodrigues da Costa e Faria.
O crime
Roberto Zampieri foi assassinado em 5 de dezembro de 2023 em frente ao seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Inicialmente o crime estaria ligado à disputa de uma fazenda avaliada em R$ 100 milhões. Porém, quando foram analisados os dados do celular da vítima, foram encontradas conversas que revelaram um esquema de venda de sentenças não só em Mato Grosso, mas em outros estados e que envolvia até membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).