Uma decisão do desembargador Hélio Nishiyama nesta segunda-feira (11) soltou cinco integrantes da mesma família acusados de participar de um esquema de fraudes em licitação em prefeituras e que foram alvos da Operação Gomorra na última semana. No entanto, o líder da quadrilha, Edézio Correia, teve a prisão mantida.
Foram liberados a esposa de Edézio, Tayla Conceição, a irmã dele, Eleide Correa e os sobrinhos Roger da Silva, Waldemar Barros e Jânio Corrêa da Silva, além da sócia Karoline Moura. Eles estavam presos desde 7 de novembro, quando o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) deflagrou a operação.
Segundo as investigações o grupo movimentou mais de R$ 1 bilhão nos últimos anos em contratos com prefeituras que chegavam a R$ 20 milhões. Eram usadas quatro empresas para fraudar as licitações: Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda.
Essas empresas foram criadas para firmar contratos fraudulentos com as Prefeituras e Câmaras de Vereadores. Os familiares de Edézio eram responsáveis pela gestão delas, formando um cartel onde eram combinados os valores a serem oferecidos para que apenas as escolhidas pelo grupo ganhassem cada certame.
O esquema envolvia a participação dos prefeitos, que, como autorizadores das despesas, garantiam a continuidade dos contratos, mesmo após a prisão de alguns dos membros. A investigação começou pelos contratos da Prefeitura de Barão de Melgaço (113 km ao sul de Cuiabá).