Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
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DESMATAMENTO

​Mais de um ano depois da morte de Zampieri, Conselho reduz multa do advogado por crime ambiental

Zampieri foi autuado por desmatar mais de 2 hectares de uma área da Amazônia, que era de preservação.

Foto: Reprodução

​Mais de um ano depois da morte de Zampieri, Conselho reduz multa do advogado por crime ambiental
Mais de um ano depois da morte do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, o Conselho Estadual de Meio Ambiente considerou seu recurso e reduziu uma multa por crime ambiental de R$ 13,7 mil para R$ 2,7 mil. O julgamento ocorreu no final de novembro, mas a decisão só foi publicada no Diário Oficial na terceira semana de dezembro.

A multa é de novembro de 2020. Zampieri foi autuado por desmatar mais de 2 hectares de uma área da Amazônia, que era de preservação, sem ter a autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Na época os trabalhos na área foram embargados.

A redução da multa ocorreu graças à relatora do processo, que considerou que pelo artigo 52 do Decreto Federal 6514/2008 o valor da multa deveria ser de R$ 1 mil por hectare, ou seja, menor do que foi aplicado inicialmente.

Essa não é a primeira vez que Zampieri foi multado por desmatamento ilegal. Também em 2020 ele teve uma área embargada e recebeu sanção de R$ 627 mil pela retirada de vegetação típica da região em uma terra indígena em Querência (945 km a nordeste da Capital).

Na época ele chegou a afirmar que os indígenas tinham muita terra, o que deveria ser barrado. Ele desmatou a vegetação nativa para delimitar três lotes, em uma área que equivale a 1.300 campos de futebol.

Assassinato
Supostamente por causa de uma disputa judicial por uma fazenda de R$ 100 milhões, Roberto Zampieri foi executado com mais de 10 tiros em 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório em Cuiabá. Três pessoas foram presas e indiciadas pelo crime.

Porém, esse primeiro caso acabou gerando uma nova investigação após a análise das mensagens do celular do advogado. Isso porque foram encontradas provas de um esquema de venda de sentenças em três estados, com possível participação de membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Atualmente essa investigação está no Supremo Tribunal Federal (STF).
 
 
 
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