Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
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RECURSO

Abílio entra com novo recurso para não devolver R$ 2,8 milhões usados na campanha

No novo recurso, a defesa de Abílio e de sua vice, Coronel Vânia (Novo), alega que não foram analisadas todas as provas apresentadas no processo, sendo a decisão baseada apenas em um relatório preliminar da prestação de contas.

Foto: Reprodução

Abílio entra com novo recurso para não devolver R$ 2,8 milhões usados na campanha
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), entrou com um novo recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para tentar não devolver os R$ 2,8 milhões ao qual foi condenado por problemas na prestação de contas de sua campanha em 2024. Em sua decisão, o juiz Alex de Figueiredo encontrou 20 irregularidades na prestação de contas do gestor eleito.

No novo recurso, a defesa de Abílio e de sua vice, Coronel Vânia (Novo), alega que não foram analisadas todas as provas apresentadas no processo, sendo a decisão baseada apenas em um relatório preliminar da prestação de contas.

O principal gasto apontado como irregular foi o do contrato com a T2 Comunicação, Vídeo e Produções Ltda, de R$ 2,1 milhões. O magistrado questionou a falta de detalhamento dos serviços prestados pela empresa.


Abílio rebateu apresentando vídeos e fotos dos serviços prestados, além de afirmar que o gasto com a comunicação foi compatível com as dos outros candidatos no pleito, já que Lúdio Cabral (PT) usou R$ 2,6 milhões e Eduardo Botelho (União) R$ 2,7 milhões.

"É preciso, então, que esta Corte, debruçando-se sobre tais documentos e cotejando-os à argumentação aqui dispendida, reconheça a regularidade contábil da despesa e dos pagamentos realizados pelos recorrentes", diz trecho do recurso. No documento o prefeito afirma que a "omissão" da Justiça Eleitoral tem lhe causado prejuízos.

Outro ponto questionado pelo magistrado foram as transferências irregulares de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEDFC) para candidatos que não são de partidos coligados. Para esse ponto a defesa de Abílio argumentou que 50% do valor é proveniente de "outros recursos" e que os materiais publicitários também beneficiaram a campanha majoritária, justificando o uso do recurso.
 
 
 
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