O Tribunal de Contas da União (TCU) "livrou" o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller das suspeitas de irregularidades no processo do "leilão do arroz". Ele havia sido denunciado pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP) e Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Além de Neri, também era alvo da denúncia seu ex-assessor e ex-diretor de Operações e Abastecimento do Mapa, Thiago José dos Santos. Em junho de 2024 eles foram exonerados por suspeitas de irregularidades no leilão, que tinha o objetivo de comprar 263 mil toneladas de arroz para evitar o desabastecimento no país após as enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal no Brasil.
A denúncia foi encaminhada para o TCU em 2024, no entanto, o caso só foi analisado este ano, com rejeição, por unanimidade, dos ministros sobre o pedido de representação.
Entre as análises do TCU está o fato de que as empresas vencedoras do certame estavam qualificadas para o transporte de cargas pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), ou seja, não havia nenhuma irregularidade nesse sentido.
Além disso, os ministros também entenderam que as alegações feitas pelos deputados federais não tinham base legal suficiente para que fossem adotadas medidas urgentes, como uma liminar.