Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
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Deputado defende fechamento de 'mercadinhos' em presídios e afirma que existe 'turismo sexual' nas unidades

O projeto que virou lei foi proposto pelo governador, já prevendo o fechamento total dos "mercadinhos" como forma de conter o avanço das facções criminosas.

Foto: Divulgação

Deputado defende fechamento de 'mercadinhos' em presídios e afirma que existe 'turismo sexual' nas unidades
O deputado federal Coronel Assis (União) voltou a defender a medida implementada pelo governador Mauro Mendes (União) de fechar os "mercadinhos" dentro das penitenciárias no estado. Segundo o parlamentar, precisam ser impostas regras mais duras nas unidades, que tem até "turismo sexual", com direito a visitas de garotas de programa.

Em entrevista à RDTV esta semana, Assis reafirmou que os presos não podem ter regalias. "Eu acho que já temos inúmeras vantagens [concedidas] e essa questão do mercadinho, se o governador teve todas essas informações negativas para promover o seu fechamento, isso foi fantástico, porque evita muita coisa".

O projeto que virou lei foi proposto pelo governador, já prevendo o fechamento total dos "mercadinhos" como forma de conter o avanço das facções criminosas. Segundo investigações, esses espaços eram usados pelos líderes para ganhar um dinheiro "extra". O próprio chefe do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Rabelo, o "Sandro Louco", confessou que ganhava mais de R$ 70 mil por mês com a venda dos produtos.


O documento foi enviado para a Assembleia Legislativa, que alterou essa parte do texto, permitindo os "mercadinhos", mas mudando a responsabilidade da gestão para os Conselhos da Comunidade. A mudança foi vetada por Mendes, que sancionou a lei com as medidas mais duras para o sistema prisional.

Para Coronel Assis não existe a necessidade desse mercado paralelo, tendo em vista que o Estado já fornece todos os itens básicos para os presos. "O Estado tem uma licitação onde ele é obrigado a entregar isso para os nossos privados de liberdade. Isso é entregue".

Outro ponto abordado pelo deputado federal em sua entrevista foi o aumento das restrições para visitas nas penitenciárias, como forma de combater a exploração sexual. Agora os presos terão que comprovar o relacionamento com a visitante, para evitar que garotas de programa participem das visitas.

"Ações corretivas têm que ser feitas. Onde já se viu garota de programa entrar para fazer programa dentro de penitenciária? Pelo amor de Deus, então acabou o mundo. Uma pessoa que comete o crime, é processada, julgada, condenada, vai ter direito a sair com garota de programa, então para que precisa ser preso?", enfatizou.
 
 
 
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