Domingo, 23 de março de 2025
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"mercadinhos"

Coordenador do Gaeco defende fim dos "mercadinhos" nas penitenciárias de Mato Grosso

O assunto dos "mercadinhos" voltou à tona após um dos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso confessar em depoimento que a facção usava esses espaços para ganhar dinheiro.

Foto: Estadão Mato Grosso

Coordenador do Gaeco defende fim dos
O promotor de Justiça Adriano Alves, coordenador do Grupo Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), se posicionou a favor do fechamento dos "mercadinhos" dentro do sistema prisional de Mato Grosso. Em fevereiro entrou em vigor a proibição através de lei, no entanto, um juiz do interior liberou o funcionamento em uma unidade em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá).

As medidas restritivas foram aprovadas pela Assembleia Legislativa e incluem o fechamento dos "mercadinhos", além da proibição total dos celulares dentro das unidades - até mesmo para os policiais penais -, regras mais rígidas para entrada de visitantes, como a comprovação do relacionamento amoroso, entre outros.

O argumento para o fechamento dos mercadinhos é que o Estado já fornece os itens básicos para os presos, não sendo necessário um comércio paralelo. No entanto, no caso de Sorriso, o juiz Anderson Candiotto, da 4ª Vara Cívil, argumentou que o Estado não entrega aos presos todo o material necessário, sendo preciso complementar com o que é comprado no "mercadinho".


"O Estado fornece o necessário, o essencial a todos os que estiverem reclusos e que não dê margem a faltar nenhum medicamento, nenhum alimento, nem material e higiene, nem alimentação, para que o Estado forneça tudo e não exista o 'mercadinho'", afirmou o promotor ao site VG Notícias.

Ele ainda disse que desconhece a falta de produtos de higiene pessoal básico, como afirmado pelo magistrado de Sorriso e pelas famílias. "O mais correto seja cobrar que o Estado forneça, se não estiver fornecendo".

O assunto dos "mercadinhos" voltou à tona após um dos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro da Silva Rabelo, mais conhecido como "Sandro Louco", confessar em depoimento que a facção usava esses espaços para ganhar dinheiro. Ele disse ainda que chegou a lucrar R$ 70 mil por mês apenas dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE).
 
 
 
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