O advogado Gaylussac Araújo foi alvo da segunda fase da Operação Office Crime nesta quarta-feira (12), que investiga a morte do advogado Renato Nery, assassinado em 5 de julho de 2024. Por meio de nota ele revelou sua "indignação", afirmando que já havia cooperado com a Polícia Civil na primeira fase da operação.
No documento o advogado diz que "está tendo sua vida profissional e pessoal devastada pelo fato de possuir endereço profissional no mesmo espaço onde funciona m escritório de advogados que foram alvo das buscas e apreensões".
E que " entregou seu celular e senha de acesso ao aparelho, em livre colaboração e na esperança de garantir uma investigação célere e rápida devolução do bem, o que não aconteceu".
Na operação desta terça-feira foram realizadas buscas no escritório do advogado, sendo apreendidas 11 barras de ouro e R$ 34 mil em dinheiro. Além de Gaylussac, também foram alvos outros advogados denunciados por Nery 10 dias antes de sua morte.
A denúncia é analisada pela Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) e envolve irregularidades em uma disputa judicial de terras, com suposta interferência de desembargadores de Mato Grosso no caso.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Primavera do Leste (231 km ao sul da Capital) e levados itens como celulares, GPS, duas armas de fogo, além dos materiais no escritório de Gaylussac.
A primeira fase da operação foi realizada em novembro de 2024. Nessa ação foram alvos os advogados Antônio de Carvalho Júnior, Agnaldo Bonfim e Gaylussac, além da empresária Julinere Bentos e seu marido César Sechi.