A advogada Marizete França Gomes, usou a tribuna da Câmara de Várzea grande na quinta-feira (27) para denunciar que servidores públicos estão comprando diplomas para não perderem os cargos. As fraudes, segundo Marizete, começaram a acontecer depois que a Câmara decidiu que apenas pessoas com nível superior podem ser nomeadas como secretários municipais.
"Hoje eu recebi uma denúncia muito grave. Além dos já contratados, estão comprando diploma de nível superior para se manterem no cargo e também para serem nomeados. Isso não pode acontecer na nossa cidade", discursou a advogada.
Ela afirmou ainda ter áudios e conversas de WhatApp que confirmam a denúncia. O material será encaminhado não só para a Câmara, mas também para a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) e a Polícia Federal (PF) para investigação.
Em resposta à advogada, a Câmara de Vereador informou, por meio de nota, que encaminhou a denúncia para a sua Procuradoria-Geral, para que sejam tomadas as "devidas providências", assim como o encaminhamento aos órgãos de controle.
A polêmica sobre os cargos começou quando o vereador Bruno Rios (PL) apresentou um projeto de lei para que seja exigido ensino superior dos secretários municipais. A proposta foi aprovada com 14 votos.
No entanto, quando o projeto foi encaminhado para a sanção da prefeita Flávia Moretti (PL), ela vetou a proposta na íntegra. O documento então voltou para a Câmara, que derrubou o veto, obrigando a gestora a sancionar a lei.
Entre os secretários que serão afetados com a lei está o marido de Paula, Carlos Alberto Araújo (PL), que possui apenas ensino médio. Outros secretários também serão exonerados por causa da exigência.