Em uma disputa na Justiça por 17,4 mil sacas de soja, a Amaggi perdeu e ficará sem os grãos. O arrendatário de uma das terras da organização vendeu os grãos, o que tentou ser barrado pela multinacional.
A organização é formada pela Amaggi, a holandesa Louis Dreyfus Company (LDC) e a japonesa Zen-Noh Grain Corporation (ZGC). O caso foi analisado pela juíza Ana Paula Miranda, da 3ª Vara Cível de Cuiabá.
No processo, a Amaggi acusou a Agrex do Brasil de realizar "manobras" para ficar com o produto, através de uma suposta venda. No entanto, a magistrada entendeu que não foram apresentadas provas suficientes para comprovar que ocorreram irregularidades no negócio.
Em sua decisão a juíza argumentou ainda que o arrendatário das terras, que vendeu para a Agrex, não tem relação comercial com a Amaggi, com relação a entregas da safra 2021/2022.
"Os grãos arrestados foram adquiridos mediante contrato de compra e venda firmado em 21/03/2022, com entrega imediata e pagamento efetivado. Com efeito, a embargante Agrex demonstrou, por meio de instrumento particular de compra e venda, que a transação foi pactuada em conformidade com os requisitos legais", enfatizou a magistrada.