Autor do projeto de lei que quer proibir que condenados por crimes hediondos de receber visitas íntimas, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) afirmou que esse tipo de criminoso não tem ressocialização e que sempre volta a cometer delitos. "Essas pessoas não têm cura".
Em entrevista ao Agora Pod, o parlamentar defendeu a retirada de privilégios dos detentos que cometeram crimes hediondos como feminicídio, estupro e pedofilia, para que eles realmente sejam punidos dentro do sistema prisional.
"Esses casos não têm conserto. Esses dias vi o caso de uma menina no Rio Grande do Sul de 9 anos que o cara abusou dela a noite toda. Depois foram levantar a ficha do cidadão, tinha feminicídio, estupro, roubo e ele estava solto. Nenhum dos crimes ele cumpriu a pena em sua totalidade", argumentou Botelho.
Ele ainda defendeu que as pessoas façam "justiça com as próprias mãos", como ocorreu no caso no Rio Grande do Sul. "A população foi lá e matou ele na hora. Fez serviço bem-feito".
Em seu projeto para barrar as visitas íntimas, ou seja, aquelas feitas em local reservado entre os presos e suas parceiras, Eduardo Botelho enfatiza que esse benefício "não é um direito absoluto do apenado".
"Em muitos países, não há previsão legal para esse tipo de visitação em presídios, sendo a perda do direito à relação íntima considerada parte integrante da prisão por condenação criminal", diz trecho da proposta.