A família Morinigo, investigada por tráfico internacional de drogas, investiu em Mato Grosso na construção de um resort às margens do Lago de Manso. Mesmo com a proibição do funcionamento, a pousada continua com as portas abertas. O caso foi mostrado em matéria no último domingo (9), no programa Domingo Espetacular, da TV Record.
Com clientes como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a família Morinigo foi alvo da Operação Status, da Polícia Federal, em 2024. O pai, Emídio Morinigo, e os filhos Jeferson e Cleber chegaram a ser presos na operação, mas atualmente respondem o processo em liberdade.
A família é acusada dos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações da Polícia Federal, os Morinigo enviaram mais de 3 toneladas de cocaína do Paraguai para o Brasil entre 2014 e 2020, fornecendo o entorpecente para facções e grandes traficantes no país.
Na operação foram bloqueados mais de R$ 230 milhões em bens, incluindo o resort no Lago de Manso. O estabelecimento chegou a ser fechado, mas reabriu as portas e está em pleno funcionamento.
Além de ter sido construído com dinheiro do tráfico internacional de drogas, a pousada apresenta outra irregularidade: está em uma área que pertence à União, sendo totalmente ilegal o uso da propriedade. O resort chegou a entrar em leilão para que fossem quitadas as dívidas junto à Justiça, porém o certame foi suspenso com a descoberta de que o terreno pertence à União e, portanto, não pode ser vendido.
