Segunda-feira, 21 de abril de 2025
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NEGÓCIOS

Dólar desaba e Bolsa desencanta, com montanha-russa criada por Trump

Moeda americana caiu 2,54%, a R$ 5,84, e Ibovespa subiu 3,19%, com republicano elevando tarifas da China e aliviando para os demais países

Foto: Getty Images

Dólar desaba e Bolsa desencanta, com montanha-russa criada por Trump
Os mercados de câmbio e ações passaram por uma montanha-russa nesta quarta-feira (9/4), com movimentos de quedas e altas bruscas. Ambos provocados por declarações sobre tarifas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Com o sobe-e-desce, o dólar fechou em forte queda de 2,54%, cotado a R$ 5,84. O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), subiu 3,19%, aos 127.881 pontos.

O dia começou com as Bolsas asiáticas fechando sem uma direção única. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 3,93%. O Kospi, de Seul, cedeu 1,74%. Na Bolsa de Hong Kong, porém, o índice Hang Seng subiu 0,68%. Na China continental, o Xangai Composto avançou 1,31%.

Até aí, estava valendo a “regra” imposta por Trump de tarifaço para mais de 180 países, sendo de 104% para a China, com quem os Estados Unidos disputam a hegemonia global.

Piora geral

Depois disso, a situação agravou-se. A União Europeia (UE) anunciou o primeiro pacote de medidas retaliatórias aos Estados Unidos, com tarifas de 25% sobre diversos produtos americanos. Com isso, os europeus uniram-se aos canadenses e chineses ao impor represálias às sobretaxas definidas pelos EUA.


Reviravolta

No início da tarde, Trump voltou à carga. Decidiu aumentar para 125% as sobretaxas contra a China (estavam em 104%). Em contrapartida, interrompeu por 90 dias a aplicação das tarifas recíprocas aos países (dentro do bloco de 180 nações) que já tinham sido penalizados em mais 10%. A situação do Brasil, que fora taxado em 10%, não mudou. A partir daí, os mercados ressuscitaram.

Nos EUA, o principais índices das Bolsas dispararam. Às 17 horas, o S&P registrava avanço de 9,35% e o Dow Jones, de 7.87%. O Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia e vinha sofrendo perdas intensas, subiu 12,02%.

Reação no Brasil

No Brasil, o dólar desabou a R$ 5,84, no fechamento, às 17 horas. Ao longo do pregão, contudo, ele havia alcançado a cotação de R$ 6,09, pouco depois da abertura do mercado, às 9h45. O Ibovespa explodiu.

“A melhora proporcionada pelo fator externo foi o grande evento de hoje”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad. “Ela beneficiou os ativos brasileiros, impulsionando principalmente a bolsa e aliviando as pressões recentes sobre o câmbio e os juros futuros.”
 
 
 
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