A juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), determinou a divulgação da lista de credores do Grupo Manso, de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá), que acumula R$ 241 milhões em dívidas. As empresas estão em recuperação judicial desde dezembro.
Entre os principais credores estão o Banco do Brasil, para o qual o grupo deve R$ 93,2 milhões, a cooperativa de crédito Sicoob, que tem R$ 13,5 milhões a receber, e a multinacional Syngenta, com R$ 8,3 milhões.
Com sede em Peixoto de Azevedo e fazendas em Nova Ubiratã (502 km ao norte) e Sorriso (420 km ao norte), o Grupo Manso é composto pelas empresas Agropecuária Manso Comércio de Insumos e EPP e Manso Administração, Participações e Compra e venda, além de cinco sócios.
O Grupo produz grãos em uma área de 9,5 mil hectares, com plantio de soja em 9,5 mil hectares no verão e mais 3 mil hectares de algodão, 3 mil hectares de milho e 1,5 mil hectares de feijão durante a safrinha.
"No ano passado o grupo enfrentou queda na produção com preços ruins das commodities. Em outros anos, quando houve quebra de safra, os preços das commodities estavam melhores. A conta começou a não fechar e a renegociação das dívidas é para evitar um mal maior",
diz trecho do pedido de recuperação judicial.
Para tentar resolver os problemas causados pela crise que iniciou em 2022, o grupo tenta negociar ainda as dívidas extraconcursais como R$ 20,5 milhões com o BTG Pactual Commodities, que não entram na recuperação judicial e serão tratadas por meio de mediação.