O clima no União Brasil anda tenso depois das repetidas falas do governador Mauro Mendes (União) sobre seu apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) para o Governo do Estado nas eleições do próximo ano. Para o deputado estadual Júlio Campos, o gestor terá que decidir sobre sua lealdade ao partido.
"Ele está no União Brasil. Ele que decida: ou fica no partido e apoia Jayme Campos, ou ele saia e apoie Pivetta. Agora, não dá pra ficar com um pé em cada canoa", afirmou à imprensa o parlamentar.
Apesar de ainda não ter tomado a decisão final sobre seu futuro político, Mauro já afirmou várias vezes que Pivetta é um bom candidato para sua sucessão. No entanto, o senador Jayme Campos tem demonstrado interesse na vaga, o que forçaria Mendes a apoiá-lo para continuar na sigla.
Mesmo Mauro tendo afirmado que sua opinião é pessoal e não do partido, Júlio criticou a postura do gestor, tendo em vista que ele deve ser fiel ao partido e não às suas convicções pessoais.
"Apesar de Mauro Mendes afirmar que se trata de uma opinião pessoal, que não reflete a posição do governador nem do presidente do diretório do União Brasil, não tem como separar as duas coisas. Cabe agora ao diretório regional convocar uma reunião e dialogar com o govenador para saber se ele pretende permanecer na sigla, porque o União Brasil terá candidato próprio do Estado", enfatizou.
Campos disse ainda que nada está decidido dentro do partido e que é preciso ter cautela neste momento. "Estamos aguardando os acontecimentos. Está havendo uma reestruturação partidária. O União Brasil está em processo de fusão com o PP e, com essa união, alguns que não estiverem satisfeitos terão que deixar o partido".
