Entre as punições imediatas do procurador da Assembleia Legislativa (AL) Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva está a demissão do cargo de procurador e a suspensão do seu direito de advogarpor determinação da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT). Ele está preso e confessou ter matado o morador de rua Ney Muller Pereira, na última quarta-feira (9).
Apesar da exoneração do cargo na AL, Luiz Eduardo continua na Casa, já que é servidor efetivo e para a sua demissão definitiva é necessária a abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD), que determinará se ele merece alguma punição. Como procurador ele recebia um salário de R$ 44 mil.
"Foi um ato impensado e ele irá pagar por isso na Justiça. Lamentamos profundamente a perda de uma vida e também o impacto à família do servidor", afirmou o presidente da AL, Max Russi (PSB), ao anunciar sua decisão sobre o caso.
A outra sanção, a suspensão temporária do seu direito de advogar, foi determinada pela presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, no último domingo (13). Foi aberto um procedimento no Tribunal de Ética e Disciplina da instituição para apurar as circunstâncias do caso.
O crime
Por uma suposta depredação de seu carro durante um jantar, o procurador "caçou" e matou a vítima no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. Ele afirmou à Polícia que o crime não foi premeditado, no entanto, depois do jantar deixou a família em casa e só depois foi atrás do morador de rua para cometer o homicídio.
Ney morreu na hora e não teve chance de defesa. Na quinta-feira (10), o advogado se apresentou à Polícia Civil e confessou o crime. Ele passou por uma audiência de custódia na sexta-feira (11), que manteve a prisão preventiva tendo em vista a gravidade do homicídio.