O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), se meteu em uma nova confusão, desta vez na educação. Isso porque em algumas unidades escolares o feriado da Sexta-Feira Santa, comemorada este ano no dia 18 de abril, emendaram a data com a quinta-feira (17). Em postagem no Instagram, ele prometeu revogar a decisão, no entanto, depois de consulta a seus assessores, descobriu que não poderia fazer isso e teve que anunciar que a emenda está mantida.
O pronunciamento de Abílio ocorreu nesta quarta-feira (16), após pais denunciarem o caso e reclamarem que não têm com quem deixar os filhos, já que o dia 17 não é nem mesmo ponto facultativo. No entanto, o prefeito não consultou a Secretaria Municipal de Saúde antes da postagem, o que o tornou alvo de comentários e críticas nas redes sociais.
"Algumas escolas decretaram que não vão ter aula no dia 17, mesmo não sendo ponto facultativo, mesmo não sendo feriado. Algumas escolas, através do próprio conselho, definiram que não terão aula e acabei de ficar sabendo que elas podem decidir não ter aula mesmo não sendo feriado, mesmo não sendo ponto facultativo. Cabe até judicialização sobre esse caso", afirmou o gestor em um novovídeo.
Não foi possível revogar a "folga" extra das escolas porque o calendário escolar é decidido no começo do ano por cada unidade, que precisa cumprir 200 dias letivos no ano. Abílio disse ainda que existiu má-fé de algumas pessoas, mas não citou nomes.
"Infelizmente, algumas escolas, aproveitando da transição, aproveitando desse momento que a gente estava da prorrogação das aulas, através do seu conselho, antes de substituirmos os professores, aproveitaram e definiram que no dia 17 não terão aula. Isso não vai se repetir", enfatizou.
Brunini reconheceu que houve falha dos servidores, mas que isso não irá ocorrer novamente. "Isso é um erro da nossa gestão na Secretaria de Educação. Da minha gestão, não é gestão do ex-prefeito não. Minha gestão desde o começo não observou e permitiu que os conselhos de cada escola pudessem colocar no dia 17 um dia que não terá aula", disse Abílio, que, pela primeira vez, admitiu um problema em seu mandato como prefeito.