Terça-feira, 13 de maio de 2025
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CASO RENATO NERY

Cinco meses antes do assassinato, Nery processou suposto mandante do crime em disputa por fazenda

Nery argumentou que foram usados documentos falsos para que a terra fosse vendida ilegalmente; dez dias depois, o próprio Nery desistiu da ação e pediu o arquivamento

Foto: Reprodução

Cinco meses antes do assassinato, Nery processou suposto mandante do crime em disputa por fazenda
Cinco meses antes de ser assassinado, o advogado Renato Nery processou o homem que é apontado como o mandante do crime e foi preso nesta sexta-feira (9). Ele entrou com uma ação para anular a posse de uma fazenda que Cesar Jorge Sechi herdou dos pais. Além de Cesar, sua esposa, Julinere Goulart Bentos, também foi alvo de mandado de prisão em Primavera do Leste 231 km a leste de Cuiabá).

Antes mesmo da prisão, os empresários já eram investigados pela execução do advogado, tanto que desde abril usavam tornozeleira eletrônica. Na época, o casal foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua casa e empresas.

De um lado da disputa da fazenda estava Nery e o empresário Luiz Carlos Salesse e do outro o herdeiro de Dorvalino Sechi, pai de Cesar, e os produtores rurais Sidnei Sechi e Solange Sechi. Nery argumentou que foram usados documentos falsos para que a terra fosse vendida ilegalmente, com a criação de uma inscrição em outro município para que o negócio pudesse ser realizado.


A propriedade em questão fica em Novo São Joaquim (465 km a leste de Cuiabá) e desde 1987 já havia determinação para que Dorvalino deixasse a área, o que não foi cumprido. Nery informou no processo que só ficou sabendo das falsificações em fevereiro de 2024, quando foi checar a documentação do terreno no cartório.

O pedido para anular a venda da propriedade e reintegrar a posse é de 26 de fevereiro do ano passado, no entanto, menos de 10 dias depois, em 4 de março, o próprio Nery desistiu da ação e pediu o arquivamento, sem apresentar nenhuma justificativa. 

O crime

Renato Nery morreu em 6 de julho de 20024, depois de ter sido alvejado com vários disparos em frente a seu escritório. Ele tinha 72 anos e não teve chance de defesa quando o motociclista chegou e deu os tiros. 

Durante as investigações foram deflagradas as operações Office Crimes - A Outra Face, em março deste ano, e Office Crime - O Elo, em abril. Na primeira ação cinco policiais foram presos, além do executor do crime.
 
 
 
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