Cuiabá tem cerca de 50 vias monitoradas radares eletrônicos de controle de velocidade, aparelhos que passarão por uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para evitar a "fábrica" de multas na Capital. A determinação é do presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo.
Serão avaliados quesitos como o número total das multas, destinação dos valores arrecadados e a legalidade da operação dos equipamentos. Em janeiro desse ano o próprio Departamento Estadual de Trânsito (Detran) admitiu que pelo menos 53 aparelhos, entre móveis e fixos, estavam com os testes de verificação vencidos. A validade desse aferimento realizado pelo Inmetro é de um ano.
"Quero saber se os radares foram verificados, quando isso ocorreu, e se estão funcionando conforme os padrões legais. Se não houver conformidade, vamos recomendar o desligamento dos aparelhos, anulação das multas e até devolução do dinheiro já pago pelos motoristas", afirmou o presidente do TCE.
"O sistema atual desperta grande desconfiança na população de Cuiabá. O TCE está cumprindo seu papel constitucional de fiscalizador dos recursos públicos e muito em breve vamos apresentar os primeiros resultados dessa auditoria", enfatizou.
Em sua campanha o prefeito Abílio Brunini (PL) prometeu a retirada dos aparelhos, os quais também chamou de "fábrica" de multas. No entanto, após assumir a gestão ele decidiu reformular os radares em vez de realizar sua retirada.
Do outro lado da ponte, Várzea Grande realiza a retirada de 20 aparelhos em 10 pontos estratégicos até junho deste ano. Por lá essa ação também fez parte da campanha da prefeita Flávia Moretti (PL), mas para isso foi realizado um estudo técnico para atender aos requisitos legais.
