Com resistência dentro do próprio partido, o senador Jayme Campos (União) tem se aproximado do governo Lula (PT) e de partidos de centro-direita para uma possível candidatura para o Governo do Estado em 2026. A informação foi confirmada pelo ex-deputado estadual Gilmar Fabris (PSD).
"Eu sugeri que o Jayme Campos fosse o candidato de centro. Inclusive sugeri que ele fosse para o MDB e fosse candidato e teria o nosso apoio. Em uma conversa com o presidente Lula ele disse: 'olha, se o Jayme for, nós teremos apoio'", disse Fabris durante a visita do presidente a Mato Grosso na última semana.
A aproximação de Jayme com outros partidos não é novidade, especialmente porque o governador Mauro Mendes (União) não esconde sua preferência por seu vice, Otaviano Pivetta, para substituí-lo no cargo nas próximas eleições.
O senador tem defendido que o União Brasil tenha uma candidatura própria em vez de apoiar alguém de outra sigla, para ser mais uma vez "coadjuvante" no processo eleitoral do estado.
A fala de Fabris repercutiu no meio político e o irmão de Jayme, Júlio Campos, decidiu falar sobre o assunto. "Acho que não tem fundamento [a saída de Jayme do partido], porque nós somos do União Brasil".
No entanto, Júlio admitiu que muita coisa pode mudar até as eleições de 2026. "Em política, tudo é possível. O adversário de hoje pode ser o correligionário de amanhã. Eu, pessoalmente, sou muito ligado ao ex-presidente Bolsonaro, não escondo isso, mas o senador Jayme Campos é um nome que todo partido quer ter como candidato".
