O empresário Márcio do Nascimento, um dos proprietários da Imagem Eventos, alegou à Justiça que não fugiu da Polícia e que não estava foragido. E que saiu de Mato Grosso por ter sofrido um "fracasso profissional" e por "temer por sua integridade física". Ele é acusado de participar de um golpe de mais de R$ 7 milhões em formandos de Mato Grosso e Rondônia que pagaram e não receberam as festas de formatura.
O caso veio à tona em janeiro deste ano, quando a empresa fechou as portas sem avisar clientes e funcionários. Mais de 40 turmas tinham contratos com a Imagem Eventos acumularam o prejuízo milionário. No dia do fechamento havia uma festa de formatura marcada, que acabou acontecendo somente por causa de doações das famílias.
Ele chegou a ser considerado foragido, após não ser encontrado pelos policiais durante a Operação Ilusion, mas acabou se entregando. Márcio continua preso e a defesa entrou com um novo recurso para conseguir a liberdade provisória.
Os advogados alegam que a mudança de estado ocorreu após os problemas enfrentados em Mato Grosso, onde a empresa faliu. "Aqui [em Mato Grosso], além de temer pela própria integridade física, jamais conseguiria uma recolocação profissional, em razão do fracasso amplamente divulgado".
E ainda que quando ele se mudou não havia nenhuma decisão que o proibisse de sair da cidade. "Não existia qualquer ordem determinando sua permanência em Cuiabá. A decisão de buscar trabalho em outro estado foi legítima".