Em Mato Grosso, 44% dos municípios, ou seja, 62 cidades, enfrentam problemas de falta de vacinas por problemas de distribuição do Ministério da Saúde. O problema é mais grave para os imunizantes contra varicela (catapora), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), além de covid adulto e infantil.
Constam ainda na lista das vacinas faltantes a de dengue Mpox, poliomielite, BGC, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite B, meningocócica C, BCG, entre outras. Ao todo, o levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) verificou a falta de 24 tipos de imunizantes nas redes municipais de saúde.
"Embora o Ministério da Saúde afirme que a vacinação é uma prioridade máxima, a realidade enfrentada pelos municípios revela um cenário diferente. A escassez de vacinas e a distribuição irregular de doses têm gerado sérios desafios à gestão local, comprometendo profundamente a capacidade dos Entes públicos de atender às demandas de suas comunidades", diz trecho do documento.
"Essa dissonância entre o discurso oficial do Governo Federal e a realidade prática nos territórios municipais gera frustração e pressão sobre os gestores, que, além de lidarem com as expectativas da sociedade, enfrentam a falta de insumos essenciais para garantir uma cobertura vacinal eficaz, ou seja, alta e homogênea", enfatiza ainda a CNM no levantamento.
Na comparação entre os estados, a pior situação é a de Roraima, onde todos os municípios passam por esse problema. Do outro lado do ranking, o Acre não tem nenhuma prefeitura com falta de vacina. Entre as regiões, o problema é maio no Norte e Nordeste, onde 37% dos municípios não têm acesso a todos os imunizantes necessários.
