13/07/2022 - 09:18
A advogada que foi presa em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) após matar a filha de 3 anos procurou ajuda médica um dia antes do crime, por já estar em surto psicótico. A informação foi revelada pela irmã da suspeita.
Na segunda-feira (11) ela procurou atendimento no posto de saúde, mas não conseguiu encaminhamento para atendimento psiquiátrico. 'Ela dizia que estavam perseguindo ela, que queriam matá-la', relatou a irmã em entrevista ao site Agora MT.
Ainda na segunda-feira, depois de não conseguir atendimento, a suspeita e os dois filhos foram dormir na casa da mãe dela, já que estava instável emocionalmente. Foi na casa da mãe dela que aconteceu o crime.
Segundo a irmã, a família ainda não entende o porquê dessa fatalidade. 'Sempre foi boa mãe, boa irmã. Até hoje a Ayla mamava no peito. Ela é advogada, é estudada. Ayla ficava no desespero quando a mãe saía. Eram muito apegadas. A gente busca entender, mas não tem como entender'.
O crime foi registrado na madrugada de terça-feira (12), no bairro Santa Laura. Quando os policiais chegaram, encontraram a menina de três anos já morta na cama, provavelmente asfixiada com um travesseiro, e o adolescente de 15 anos com um corte no pescoço, causado por caco de vidro.
A avó das crianças ouviu os gritos e chamou a polícia. Segundo o comandante da Polícia Militar em Rondonópolis, tenente-coronel Gleber Candido Moreno, a mulher apresentava sinais visíveis do surto.
'Ela realmente estava em surto psicótico. Não dizia nada com nada no momento da prisão. Na confecção do boletim de ocorrência também não disse coisas que faziam sentido', afirmou o comandante.