Intervenção realiza mais de 3 mil cirurgias nos hospitais de Cuiabá
No Pronto Socorro, onde as cirurgias eletivas estavam suspensas, a quantidade de procedimentos realizados foi 20 vezes maior
Dados do sistema de regulação do município de Cuiabá apontam que, em 100 dias de intervenção estadual na Secretaria Municipal de Saúde, foram realizados 3.328 procedimentos cirúrgicos, o que corresponde a 74,8% de aumento em relação aos 100 dias anteriores.
Para atingir esse número, o Gabinete de Intervenção Estadual tem realizado mutirões de cirurgia, ampliado os tipos de procedimentos oferecidos pelo SUS nos hospitais municiais, além de um trabalho intenso para o agendamento.
Um terço desses procedimentos foram realizados no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), antigo Pronto Socorro, que estava com as cirurgias eletivas suspensas havia quatro meses quando o Estado assumiu a Saúde de Cuiabá. A unidade já fez 1.164 procedimentos, sendo que 1.008 por agendamento (eletivas) em adultos; 55 em crianças e 101 de urgências em crianças e adultos.
Já o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) fez 1.978 cirurgias entre os dias 15 de março a 23 de junho de 2023 e as demais 186 no Hospital Municipal São Benedito. No entanto, com o mutirão de cardiologia que começou no dia 7 de junho de 2023, o São Benedito terá capacidade para fazer 1.380 procedimentos por mês. A unidade passou a oferecer cateterismo e angioplastia com hemodinâmica, pela primeira vez no município, e biópsias.
Nos 100 dias anteriores à intervenção, de 5 de dezembro de 2022 a 14 de março de 2023, tinham sido realizados 1.903 procedimentos cirúrgicos nos três hospitais, sendo que no Pronto Socorro, apenas 53 cirurgias de urgência, o que representa mais de 20 vezes menos que no período anterior, durante a gestão municipal. Já no HMC, o avanço foi de 54%.
“Além do trabalho intenso para aumentar o número de cirurgias, temos nos dedicado muito para organizar o sistema de regulação do município. Já conseguimos fazer a exclusão de 42.371 procedimentos, a partir de uma análise dos pacientes que já não precisavam mais de cirurgia”, afirma a interventora Danielle Carmona.
Ela destaca que “a fila de espera de mais de 110 mil procedimentos com a qual a equipe de intervenção se deparou era irreal por falta de gestão”.