Juíza marca julgamento de servidora acusada de ser funcionária "fantasma" na AL
A juíza Celia Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas, marcou para 3 de outubro a audiência de instrução da servidora pública Gislene Santos de Oliveira Abreu, acusada de ser funcionária "fantasma" na Assembleia Legislativa (AL) entre 2011 e 2012 e ter causado prejuízo de R$ 216 mil aos cofres públicos por ter recebido salário sem trabalhar.
A primeira fase do julgamento será realizada de forma híbrida, ou seja, presencial e também por meio de videoconferência. Nessa primeira data serão ouvidas as testemunhas, sendo, no máximo, três para a prova de cada fato.
Na mesma decisão que marcou a audiência de instrução, a magistrada negou o pedido de Gislene para obrigar duas empresas aéreas a fornecer os dados sobre suas passagens. Ela solicitou as informações para juntar ao processo e provar que não era "fantasma" e que ia ao Rio de Janeiro apenas a passeio.
Mesmo com as alegações, a juíza negou o pedido, tendo em vista que "a empresa Azul Linhas Aéreas não atendeu ao pedido feito pela requerida, porque não foi encaminhado documento de identidade oficial, que pudesse comprovar a titularidade das passagens aéreas e o consentimento com o fornecimento de seus dados".
Gislene é servidora efetiva da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e foi cedida para o gabinete do então deputado Romoaldo Júnior (MDB). Segundo as investigações, ela nunca chegou a trabalhar no gabinete do parlamentar e nesse período morava no Rio de Janeiro, em um condomínio em Copacabana, onde chegou a ser síndica.