Advogados do PCC e CV tentam impedir compra de scanners corporais para MT
Advogados do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) tentam suspender a licitação para a compra de 119 scanners corporais para presídios, dos quais sete serão enviados para Mato Grosso. O equipamento de última geração consegue detectar até mesmo objetos que esteja dentro do corpo do visitante.
A tentativa de barrar a licitação foi divulgada pelo site Metrópoles. As imagens geradas pelo body scan são geradas por ondas milimétricas que ultrapassam roupas e tecido humano gerando imagens holográficas que podem mostrar objetos escondidos.
#BANNER# Entre as pessoas que reclamam do aparelho está Luciane Barbosa Farias, esposa do líder do Comando Vermelho no Amazonas, Clemilton Farias, o "Tio Patinhas". Ela alega que esse tipo de revista é "vexatória" já que qualquer suspeita de material faz com a pessoa seja revistada por policiais e até médicos, dependendo de onde o objeto se encontra.
A crítica à compra dos scanners por parte das facções é tão grande que em Avaré (SP) os diretores foram ameaçados de morte pelo PCC depois que o equipamento apontou indícios que a esposa de um traficante teria tentado entrar na penitenciária com objetos ilícitos dentro do corpo. Ela passou por revista, mas nada foi encontrado.
Licitação
O Ministério da Justiça dividiu a licitação em quatro lotes. Mato Grosso faz parte do lote três e terá direito a sete aparelhos. Na região Centro-Oeste Goiás irá receber 13 scanners e Mato Grosso do Sul um. No país, o estado que mais terá body scaners é o Paraná, com 16 aparelhos.
No mercado o valor desse aparelho é, em média, de R$ 220 mil, podendo o valor total da licitação ultrapassar os R$ 26 milhões. No entanto, o valor exato dos equipamentos só será revelado depois da abertura das propostas das empresas, já que o preço pode variar - tanto para mais quanto para menos - do que é praticado pelo mercado.