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g1 MT

16/07/2024 - 18:19

Gaeco denuncia 14 pessoas por envolvimento com facção criminosa e lavagem de dinheiro em casas noturnas de Cuiabá

Quatorze pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), nessa segunda-feira (15), por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa na realização de shows em casas noturnas, em Cuiabá.

A denúncia é resultado da Operação Ragnatela, que identificou que os criminosos participavam da gestão das casas noturnas e, com isso, passaram a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção em conjunto com um grupo de promotores de eventos da cidade.

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Veja abaixo a lista de denunciados e o que a investigação aponta:
  1. Ana Cristina Brauna Freitas: responsável por organizar e promover shows financiados pelos denunciados
  2. Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares: responsável pela rentabilidade dos lucros obtidos com os shows e venda de entorpecentes
  3. Clawilson Almeida Lacava: não teve função identificada
  4. Elzyo Jardel Xavier Pires: responsável por organização de eventos e corrupção de agentes públicos
  5. Joanilson de Lima Oliveira: integrante da organização criminosa
  6. Joadir Alves Gonçalves: ocupa cargo de chefia da organização criminosa
  7. João Lennon Arruda de Souza: proprietário de duas empresas envolvidas
  8. Kamilla Beretta Bertoni: responsável pela realização de shows em casas noturnas de Cuiabá e responsável financeira sobre os eventos
  9. Lauriano Silva Gomes da Cruz: ocupa cargo de chefia da organização criminosa
  10. Matheus Araújo Barbosa: ocupava a função de promoter, vendendo ingressos e camarotes
  11. Rafael Piaia Pael: responsável pela organização de eventos para lavagem de dinheiro
  12. Rodrigo de Souza Leal: ocupava a função de promoter e responsável pela realização de eventos
  13. Willian Aparecido da Costa Pereira: atuava como “testa de ferro” de Joadir
  14. Wilson Carlos da Costa: responsável pela organização de eventos e promoção dos shows

O g1 tenta contato com a defesa dos denunciados. Até a publicação desta reportagem, somente Ana Cristina Brauna Freitas deu retorno, informando que irá apresentar a defesa e inocência durante o processo.

De acordo com a denúncia, o investigado Rodrigo de Souza Leal atuava como o elo entre a facção e os agentes públicos (vereadores e agentes de fiscalização) que auxiliavam na realização dos eventos.

A denúncia ainda apontou que o grupo possui quatro estabelecimentos comerciais destinados à realização de eventos, sendo eles:
Agentes públicos

Em junho deste ano, a polícia identificou a participação de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação.

À época, o vereador de Cuiabá Paulo Henrique de Figueiredo e o policial penal Luiz Otávio estavam entre os alvos de busca e apreensão da operação. No entanto, ambos ficaram de fora da denúncia do Ministério Público.

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Entenda o caso

Mais de 40 mandados de prisão e busca foram cumpridos durante a Operação Ragnatela, contra suspeitos de integrar a maior facção criminosa de Mato Grosso, responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas de Cuiabá.

Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos oito mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, em Mato Grosso e no Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais.

As investigações identificaram que os criminosos participavam da gestão das casas noturnas e, com isso, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
 
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