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THALYTA AMARAL

04/02/2025 - 08:00 | Atualizada: 04/02/2025 - 08:57

​Rafael Ranalli homenageia policial militar que matou criminoso em assalto

O vereador e policial federal Rafael Ranalli (PL) homenageará o tenente-coronel da Polícia Militar Otoniel Gonçalves Pinto, que matou um criminoso que invadiu sua casa em novembro de 2023. Suplente de deputado estadual, quando assumiu o cargo a vaga no ano passado ele propôs que o PM fosse o primeiro a ser homenageado pela "Lei do Abate", projeto que apresentou na Assembleia para condecorar policiais que matassem bandidos.

"Ele é um verdadeiro herói cuiabano, será uma honra. O mínimo que podemos fazer é conceder a moção de aplausos ao Otoniel que, para defender sua família, matou um vagabundo que invadiu sua casa. A bandidagem precisa ser tratada com tolerância zero, se não vamos virar um Estado do caos", afirmou Ranalli ao defender a honraria para o policial.

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O crime aconteceu em novembro de 2023, na casa do PM, no bairro Santa Marta, em Cuiabá. Odoniel foi rendido junto com a família e os sogros foram trancados no banheiro. Quando o bando fugia da residência o militar atirou e acabou matando Luanderson de Lunas.

"Bandido agora virou profissão? A Justiça não pode condenar o Otoniel que matou em legítima defesa e em defesa da sua família. Imagina se a Justiça o obriga a pagar indenização, depois vão pedir INSS, pensão? Os valores estão invertidos", argumentou o vereador.

Nesta quarta-feira (29), Odoniel, que é réu por homicídio, passará por audiência de instrução e julgamento. Ele será submetido ao Tribunal do Júri e o Ministério Público do Estado (MPE) pede que a família da vítima seja indenizada pelos danos provenientes da execução.

Na época o PM divulgou uma nota onde afirmou que viveu momentos de terror durante a "profanação de nosso sagrado lar". E que agora sobre "violência do Estado que me acusa de ser homicida por ter defendido minha família".

Quem também saiu em defesa do policial foi a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACS-MT). A entidade afirmou que ocorre uma "inversão de valores", onde um militar que "agiu em defesa própria e de sua família (...) corre sério (e injusto) risco de perder sua farda".
 
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